Cresci em meio a muita Sessão da Tarde.
Nunca vi mal nisso, a televisão era minha babá eletrônica, com toda certeza.
Entre outras coisas, eu fui fã do Menudo (aos 11 anos), pra vocês verem que vítima de mídia eu acabei me tornando.
Mas não era isso, eram lembranças das tardes na frente da televisão Telefunken que tinha no mezanino, do sofá xadrez (era horrível), de se esconder no telhado pra D. Margarida não pegar a gente vendo televisão, quando deveríamos estar estudando, cheiro de carambola, os meninos chamando a gente pra pracinha no portão, a área de serviço aberta, a pista de patins, meu avô tocando violão, minha mãe suspirando pelo Cary Grant, uniforme xadrez do Santa Marcelina.
Sinto muita falta daquela casa, daquela praça, daquelas pessoas.
Morro de saudades do Grajaú. Lá eu andava pela rua e não me sentia uma completa estranha.
Sinto faltas dos amigos que me acompanharam por tantos anos lá. Saudades da Ana Paula, da Ana Luiza, do Rodrigo, Vanessa, Gustavo e do Pedrinho.
Como foi boa minha infância.
terça-feira, abril 17, 2001
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