terça-feira, agosto 06, 2002

Já não tenho dedos pra contar
de quantos barrancos me despenquei
e quantas pedras me atiraram
ou quantas atirei
tanta farpa, tanta mentira
tanta falta do que dizer
nem sempre é 'so easy' se viver

hoje eu não consigo mais me lembrar
de quantas janelas me atirei
e quanto rastro de incompreensão eu já deixei
tantos bons quantos maus motivos
tantas vezes desilusão
quase nunca a vida é um balão

mas o teu amor me cura
de uma loucura qualquer
é encostar no teu peito
e se isso for algum defeito por mim tudo bem

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